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Desafios da osteogênese imperfeita (OI) na sala de aula,

Written By Fatima Santos on segunda-feira, 22 de setembro de 2025 | 13:26

 Impacto na Idade Escolar (4 a 8 anos)

  1. Desafios Físicos: Crianças com OI podem apresentar múltiplas fraturas, o que pode limitar sua mobilidade e capacidade de participar de algumas atividades físicas comuns à sua idade. É importante adaptar atividades escolares e recreativas para garantir sua inclusão e segurança.
  1. Apoio Educacional: É vital que a escola tenha conhecimento sobre a condição da criança. Isso inclui adaptações nas atividades, como permitir pausas e ter cuidado extra durante brincadeiras ou atividades que possam resultar em quedas.
  1. Aspectos Sociais e Emocionais: As crianças com OI podem sentir-se isoladas ou diferentes devido às suas limitações. O apoio emocional e social é crucial. Incentivar a inclusão e a amizade entre seus colegas pode ajudar a melhorar a autoestima da criança.
  1. Educação e Conscientização: Professores e colegas devem ser informados sobre a OI para entenderem melhor as necessidades da criança. Workshops ou palestras podem ajudar na sensibilização, reduzindo o estigma.
  1. Intervenções de Saúde: O acompanhamento médico é essencial para tratar e prevenir fraturas, além de monitorar o crescimento e o desenvolvimento. Fisioterapia pode ser indicada para fortalecer a musculatura e melhorar a mobilidade.

Recursos e Apoio

As famílias podem buscar apoio através de grupos de suporte e organizações que lidam com síndromes raras. O conhecimento e o suporte da comunidade escolar são fundamentais para a inclusão e bem-estar da criança com Osteogênese Imperfeita.

Se você estiver interessado(a) em mais detalhes ou em recursos específicos relacionados à gestão escolar para crianças com osteogênese imperfeita, sinta-se à vontade para perguntar! Lembre-se de que é sempre importante consultar profissionais de saúde para a orientação mais adequada.

Integração na escola

A integração de crianças com Osteogênese Imperfeita (OI) na escola é fundamental para promover um ambiente inclusivo e acolhedor. Aqui estão algumas estratégias que podem ser úteis:

1. Adaptação do Ambiente Escolar

  • Acessibilidade: Certifique-se de que as instalações da escola são acessíveis, com rampas e móveis adaptados que atendam às necessidades da criança.
  • Espaço para Segurança: Crie áreas de recreação seguras onde a criança possa brincar sem o risco de se machucar.

2. Educação e Sensibilização

  • Treinamento de Professores: Ensinar sobre a OI e suas implicações ajuda os educadores a entenderem melhor as necessidades da criança e como lidar com situações específicas.
  • Conscientização dos Colegas: Conduzir atividades de sensibilização com os colegas para que entendam a condição e aprendam a serem solidários e compreensivos.

3. Apoio Psicológico e Social

  • Acompanhamento Psicológico: Oferecer suporte psicológico para ajudar a criança a lidar com possíveis dificuldades emocionais, promovendo sua autoestima e bem-estar.
  • Promoção de Amizades: Incentivar a formação de laços sociais com colegas através de atividades em grupo e projetos colaborativos.

4. Adaptações Curriculares

  • Abordagens Diferenciadas: Oferecer métodos de ensino variados e adaptações curriculares, como materiais didáticos que se encaixem melhor com as habilidades da criança.
  • Flexibilidade em Atividades: Permitir que a criança participe de atividades físicas em um nível que seja seguro e confortável para ela.

5. Comunicação com os Pais

  • Envolvimento Familiar: Manter um canal aberto de comunicação com os pais, informando sobre o progresso da criança e desenvolvendo estratégias conjuntas para apoiar seu aprendizado e bem-estar.

6. Equipes Multidisciplinares

  • Colaboração com Profissionais de Saúde: Trabalhar em conjunto com médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para garantir uma abordagem holística e adaptativa às necessidades da criança.

Conclusão

A integração de crianças com Osteogênese Imperfeita na escola exige um esforço conjunto da equipe escolar, alunos e famílias. A promoção da inclusão não apenas beneficia a criança com OI, mas também enriquece o ambiente escolar como um todo, ensinando valores como empatia e colaboração.



Perda de audição pode ocorrer na OI

Por que a osteogênese imperfeita pode causar perda de audição?

A OI é uma doença genética que afeta a produção do colágeno tipo I, um componente essencial para a formação dos ossos e tecidos conjuntivos, incluindo estruturas do ouvido. Isso pode levar a:

Ossos frágeis nos ouvidos: os três ossículos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo) podem sofrer fraturas ou má-formações.

Alterações nos ossos temporais: que envolvem a cóclea e estruturas auditivas internas.

Degeneração progressiva das estruturas auditivas: em especial, nos casos em que há desgaste com o tempo.

 

 Que tipo de perda auditiva pode ocorrer?

As pessoas com OI podem ter três tipos principais de perda auditiva:

1. Condutiva:

o Acontece quando há problema na transmissão do som do ouvido externo para o interno.

o Muito comum em jovens com OI, geralmente por anormalidades nos ossículos.

o Pode começar na adolescência ou juventude.

2. Sensorioneural:

o Atinge a cóclea ou o nervo auditivo.

o Mais comum com o envelhecimento ou como progressão da perda condutiva.

3. Mista:

o Combinação dos dois tipos anteriores.

o É comum nas formas mais graves ou nas fases mais avançadas da OI.


Frequência e idade de aparecimento

Cerca de 50% das pessoas com OI desenvolvem algum grau de perda auditiva ao longo da vida.

Pode começar já na infância ou adolescência, mas tende a piorar com a idade.

É mais comum nos tipos I e IV da OI.


Diagnóstico e acompanhamento

A perda auditiva deve ser monitorada com audiometria periódica, especialmente após os 10 anos de idade.

Exames de imagem como tomografia podem ser úteis para avaliar a estrutura dos ossos do ouvido.


Tratamento e reabilitação

Aparelhos auditivos: podem ajudar bastante nos casos condutivos e mistos.

Cirurgias: como a estapedectomia (troca do estribo por uma prótese) podem ser indicadas em alguns casos.

Implantes cocleares: são considerados nos casos graves de perda sensorioneural.

Fonoaudiologia: essencial para reabilitação auditiva e comunicação.


 Importância do acompanhamento multidisciplinar

Como a OI é uma condição sistêmica, o cuidado com a audição deve fazer parte do acompanhamento global do paciente, envolvendo:

Ortopedistas

Otorrinolaringologistas

Geneticistas

Fonoaudiólogos

Equipes de reabilitação

 

 ORIENTAÇÕES PARA ESCOLAS

1. Adaptações de comunicação

Posicionar a criança perto do professor, de preferência onde consiga ver a boca do docente (caso use leitura labial).

Falar de frente e de forma clara, com tom de voz natural (sem gritar).

Evitar falar de costas ou enquanto escreve no quadro.

Sempre confirmar se a criança entendeu as instruções.

Utilizar recursos visuais sempre que possível (quadros, cartazes, legendas, imagens).

2. Tecnologia assistiva

Verificar se a criança usa aparelho auditivo ou outro recurso (como FM, implante coclear) e garantir seu uso regular.

Oferecer espaço seguro para guardar e manusear os equipamentos, se necessário.

3.  Interação com colegas

Incentivar os colegas a olharem no rosto ao falar com a criança.

Promover dinâmicas em que todos aprendam sobre inclusão e empatia, sem focar apenas na deficiência.

Nunca permitir atitudes de exclusão ou preconceito.

4.  Adaptação pedagógica

Repetir instruções quando necessário.

Permitir tempo extra em avaliações.

Usar vídeos com legendas.

Planejar atividades em grupo respeitando a capacidade auditiva e física da criança.

5.  Prevenção de quedas e fraturas

A escola deve lembrar que a OI é uma condição óssea — além da audição, cuidados físicos são essenciais.

Evitar correria no ambiente escolar, garantir acesso com rampas, uso de cadeiras de rodas, se necessário.

Não levantar a criança pelos braços ou carregar sem orientação médica.


 ORIENTAÇÕES PARA FAMÍLIAS

1.  Acompanhar o uso do aparelho auditivo

Verificar se o equipamento está funcionando corretamente.

Estimular o uso diário e ensinar a criança a cuidar dele.

2.  Estimular a comunicação em casa

Conversar com clareza, de frente, com boa iluminação.

Utilizar recursos como mímicas, desenhos e escrita para reforçar a comunicação.

Ler junto com a criança e repetir palavras para ampliar o vocabulário.

3.  Promover autonomia

Ensinar a criança a avisar quando não entendeu algo.

Encorajar que peça ajuda quando necessário, seja com amigos, professores ou familiares.

4.  Acompanhamento com profissionais

Fonoaudiólogo: para acompanhar o desenvolvimento da linguagem e audição.

Otorrinolaringologista: para ajustes médicos e exames.

Psicólogo ou terapeuta ocupacional: se necessário, para trabalhar autoestima e sociabilidade.

5.  Informar a escola

Compartilhar laudos, orientações dos médicos e do fonoaudiólogo.

Manter diálogo contínuo com a equipe pedagógica, oferecendo sugestões e ouvindo o que observam no dia a dia.















 
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