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A OI hoje.

Written By Fatima Santos on segunda-feira, 19 de março de 2018 | 11:51


A OI hoje.

Até meados da década de 1990, a Osteogênese Imperfeita - OI era praticamente desconhecida no Brasil. As publicações médicas a seu respeito eram escassas, o diagnóstico difícil e o tratamento inexistente. Pode-se afirmar que as mudanças desse quadro de anonimato foram e estão sendo conquistadas através da luta e esforço dos pais e familiares em alterar o prognóstico de quase intocabilidade a que foram submetidos os seus bebês com OI, para não fratura-los ainda mais e, caso isso ocorresse, ter que engessá-los. E ainda, dependendo se o osso fosse mais resistente, uma ou outra cirurgia ortopédica poderia ser recomendada no sentido de tentar corrigir alguma deformidade leve. Simplesmente assim, seguia a vida para a pessoa com OI, por orientação médica.

A Internet foi fundamental para reverter essa situação, rompendo com esse paradigma e auxiliando na criação de uma rede de informações e de trocas de experiências sobre a Osteogênese Imperfeita. O diálogo foi ampliado para além dos pais e familiares das pessoas com OI, médicos e demais profissionais envolvidos dentro e fora do País mudando a realidade e a história de uma doença genética, sem cura, degenerativa que atinge, em média, 1 em cada 21 mil crianças nascidas no Brasil. Esse movimento social que praticamente começou dentro de um hospital público, teve o entendimento que no Brasil, a situação das pessoas com OI só poderia ser revertida mediante uma abordagem mais concreta.

Ações e formas de organização alternativas mais efetivas foram realizadas obtendo como resultado a criação da Portaria nº 2305/2001 do Ministério da Saúde, para o tratamento das Pessoas com OI no Brasil. Com base nela, determinou-se que o tratamento da Osteogênese Imperfeita fosse realizado pelo SUS, com a doação gratuita do “Pamidronato de Dissódico”, a única e cara droga existente no mercado capaz de melhorar a qualidade dos ossos e, a mobilidade, especialmente quando administrado em crianças 0 a 21 anos. Para tanto, foi instituída a criação de 10 Centros de Referência em Osteogênese Imperfeita – CROI, que possibilitou a tratar uma doença de origem genética e rara.

Os reflexos ainda são observados até os dias atuais, pois tem crescido o interesse pela especialização e demanda do setor da área de saúde e das equipes multidisciplinares.

De um passado não muito distante, no Brasil, aos dias atuais, a OI vem sendo mais estudada, entendida e tratada de forma responsável e bem sucedida. Hoje já se sabem que pessoa com OI nasce sem o Colágeno Tipo 1, um tipo de proteína, ou sem a capacidade de sintetiza-la. Esta proteína, além de necessária a pele e aos vasos sanguíneos, é um importante componente estrutural dos ossos, e a sua ausência, torna os ossos anormalmente quebradiços e frágeis, predispondo a pessoa a fraturas que podem ser frequentes desde o período intra-útero. Tais fraturas, devido a frequência que ocorrem, sejam elas motivadas por pequenas quedas, esbarrões, movimentos mais bruscos do próprio corpo ou até espontaneamente, levam a pessoa com OI a longos e repetidos períodos de imobilização para consolidação óssea aumentando o grau de osteoporose. Assim, associado à osteoporose e ao defeito básico da Proteína, o osso já fragilizado tende a encurvar-se em presença da força da gravidade e muscular.

É rara por sua ocorrência na população mundial, porém com uma expressiva quantidade de mitos derrubados e, um dos mais geniais, foi o da mobilidade. Hoje, pais e familiares são orientados a estimularem os bebês com OI a engatinharem, a ficarem de pé e às etapas naturais que antecedem a caminharem, procedimentos inimagináveis há tempos atrás. A fisioterapia e, de formas mais colaborativas, a natação e a hidroginástica, trabalham as questões motoras e respiratórias, desafios também a serem vencidos pela OI.  Assim, como qualquer outra pessoa, desde cedo precisa estar de alguma forma em movimento. Sempre orientada por profissionais especializados e conhecedores da doença.

A Osteogênese Imperfeita - OI tem aprovado no seu Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (Portaria 1.306 de 22 de novembro de 2013), o tratamento medicamentosos, ortopédico e de fisioterapia como parte importante do cuidado da pessoa com OI, objetivando a redução do número de fraturas, prevenção de deformidades de membros e escoliose, diminuição da dor crônica, melhora da mobilidade e da capacidade funcional e com a inclusão do tratamento para adultos com OI.

Como se pode observar, os avanços não foram poucos. As respostas ao tratamento têm sido realmente encorajadoras. Primeiro, a diminuição de forma significa da dor óssea. Há relatos até do desaparecimento da dor. Finalmente, o aumento de forma expressiva e desejável da densidade mineral dos ossos na espinha lombar em todas as crianças. Nos últimos anos, tanto na parte de medicamentos de nova geração e no âmbito da cirurgia ortopédica que já é possível e recomendada para a correção das deformidades ósseas, observam-se resultados tremendos. Com o crescimento da criança, a taxa de fraturas diminui progressivamente por causa do aumento da coordenação motora, melhor autocontrole emocional e aumento da resistência óssea. Algumas instituições públicas já são credenciadas para realizar tais cirurgias com equipes especializadas em OI.

E segue a luta, mais fortalecida pelo conhecimento adquirido e compartilhado, num primeiro momento através das redes sociais, na Internet, que se avolumou de tal forma para transformar-se em movimento social organizado na busca de seus direitos e se tornar uma Entidade social para este fim.

O fenômeno das redes sociais, neste caso, teve múltiplas funções e foi muito além de promover uma oportunidade para troca de experiências e de cooperação do grupo. Transformou vidas. Os próprios médicos falam de esperança ao encaminharem os pacientes para o tratamento.

Há a percepção de uma nova geração independente, motivada e participativa de pessoas com OI. Temos notícias de pacientes crianças, jovens e adultos pelo Brasil afora, com habilidades impensadas e surpreendentes! Há os que competem em atividades físicas como a natação, por exemplo. Outros já dançam balé. Há os que já se locomovem de muletas, cadeiras de rodas e até de skate! Há os que trabalham, estudam, moram sozinhos, dirigem seus carros, casam e são pais e mães. O que será que não podem realizar?

A autonomia da pessoa com OI deve ser incentivada e conquistada diariamente. É claro que nem tudo são flores na vida da pessoa com OI e há tipos e tipos. Seguimos em nosso objetivo de melhorar a atenção à saúde das pessoas com doenças raras em nosso estado, e que se expanda para as demais regiões do País.  

Mesmo diante desse momento histórico de insatisfação coletiva, temos que cuidar mais ainda para não perdermos o que conquistamos, e ficarmos alertas quanto ao que estamos em vias de conquistar. E, como diz a letra da canção “O sol continua a brilhar apesar de tanta barbaridade”.

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Maria de Fátima Benincaza dos Santos

Presidente da Associação Nacional de Osteogênese Imperfeita – ANOI;

Delegada do Rio de Janeiro da Associação dos Familiares, Amigos e Portadores de Doenças Graves – AFAG;

Membro do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ;

Membro do Fórum de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes com Doenças Crônicas e/ou deficiências e suas Famílias;

Representante de usuários do Instituto Fernandes Figueira – IFF/FIOCRUZ.

 
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Artigo da Agenda Eficiente de Daniel Melo

OI - Saúde na fase adulta

Written By Fatima Santos on sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017 | 12:53


OI questões: manter a saúde durante os anos adultos

Introdução
Osteogênese imperfeita (OI) é uma desordem genética caracterizada por ossos que quebram facilmente, muitas vezes de pequeno ou nenhum trauma aparente. É causada por um defeito genético que afeta a produção do corpo de colágeno, que é a principal proteína no tecido conjuntivo. Embora a maioria dos adultos com OI experimente uma diminuição na taxa de fraturas (ossos quebrados) após a puberdade, outros problemas médicos, alguns dos quais relacionados ao defeito genético básico que causa OI, podem exigir mais atenção.

Por exemplo, adultos com OI devem estar preocupados com o ganho de peso, diabetes, colesterol e outros problemas cardiovasculares, como pressão alta (hipertensão). Problemas do tendão, músculos e articulações podem ser agravados com o tempo, e a perda auditiva pode se tornar significativa.

Vigoroso e consistente cuidados médicos para OI continua a ser tão importante na idade adulta como é durante a infância.

Adultos com OI não só precisa gerenciar todos os mesmos problemas de saúde como outros adultos, mas também deve lidar com as preocupações musculoesqueléticas associadas com OI.


A Equipa de Saúde
Uma parte importante do gerenciamento de OI e permanecer saudável é montar uma boa equipe de cuidados de saúde e ter uma sólida relação de trabalho com um médico de cuidados primários e médicos especialistas. A equipe médica pode incluir um ortopedista e um endocrinologista (médicos que se especializam em diagnosticar e tratar condições que afetam os ossos e/o sistema endócrino, respectivamente). A equipe também pode incluir endocrinologista, bem como profissionais de reabilitação. A consulta com um pneumologista (um médico que se especializa em doenças pulmonares) e um neurologista (um médico que se especializa em cuidar do sistema nervoso) também pode ser necessária.

Estratégias para desenvolver relacionamentos fortes com sua equipe de cuidados de saúde incluem manter bons registros, manter-se atualizado sobre novas informações sobre OI e tratamentos disponíveis e planejar com antecedência para emergências. Ser um bom consumidor de cuidados de saúde envolve fornecer ao médico informações precisas sobre sua saúde, ouvir atentamente as instruções do médico e fazer perguntas até que a informação seja totalmente compreendida.

Pessoas com OI que são pequenas em estatura podem querer sugerir que seus médicos obter uma cópia de um gráfico de dose pediátrica para manter em seu arquivo médico para referência. Um manguito de pressão arterial pediátrica e instrumentos menores para exames ginecológicos também podem ser apropriados. Aqueles com o OI podem querer fornecer a todo o doutor novo uma lista de todas as hastes ou outros implantes cirúrgicos, porque estes podem interferir com raios X ou ressonância magnética (MRI). Em muitos casos, exames de ressonância magnética podem ser realizados na presença de hastes.


Preocupações com a saúde relacionadas à OI
Densidade óssea e osteoporose. A manutenção da massa óssea é uma prioridade para adultos com OI, porque o risco de fratura, em parte, está relacionado à densidade óssea.

Um teste de densidade mineral óssea (BMD) é a melhor maneira de determinar sua saúde óssea. Os testes de DMO podem identificar a osteoporose, determinar o risco de fraturas e medir sua resposta ao tratamento da osteoporose. O teste BMD mais amplamente reconhecido é chamado de teste de absortometria radiológica de dupla energia (DXA). O teste é indolor - um pouco como ter um raio X, mas com muito menos exposição à radiação - e pode medir a densidade óssea no quadril e na coluna.
 Os tratamentos podem incluir suplementos de cálcio e vitamina D (se a dieta é inadequada), terapias medicamentosas incluindo bifosfonatos orais ou intravenosos, dieta e exercício. Fumar, o uso excessivo de álcool e certos medicamentos, incluindo esteróides semelhantes à cortisona, também podem afetar negativamente a saúde óssea.

Os tratamentos podem incluir suplementos de cálcio e vitamina D (se a dieta for inadequada), terapias medicamentosas incluindo bifosfonatos orais ou intravenosos, dieta e exercícios. Fumar, o uso excessivo de álcool e certos medicamentos, incluindo esteróides semelhantes à cortisona, também podem ter um impacto negativo na saúde óssea.

Problemas musculo esqueléticos e articulares. Os adultos geralmente relatam dor na região lombar e nos quadris. Isso pode ser o resultado de fraturas por compressão da coluna, escoliose (curvatura da coluna) ou deterioração articular. Outros problemas podem incluir fraturas que falharam em cicatrizar (fraturas não consolidadas) e baixa força muscular. Dor no joelho e instabilidade do tornozelo também são queixas freqüentes em pessoas com OI. Exercícios, aparelhos ortopédicos ou aparelhos ortodônticos para melhorar o alinhamento do quadril, joelho e tornozelo e a cirurgia nas costas ou articulações podem proporcionar alívio.
Muitos indivíduos têm frouxidão articular (articulações soltas) ou flexibilidade articular excessiva. Isto é particularmente um problema para os joelhos e articulações do tornozelo, que estão sujeitos a pressão ao longo dos anos. Além disso, os comprimentos das pernas podem diferir devido a uma história de fraturas anteriores. Rolando na articulação do tornozelo é outro problema comum. Elevadores de calcanhar e suportes firmes do tornozelo são importantes para limitar o desgaste e melhorar a marcha.
Dispositivos ortopédicos podem ajudar a proporcionar estabilidade às articulações frouxas dos joelhos, pés e tornozelos. Cirurgia de substituição da articulação pode ser uma opção de tratamento para alguns adultos, mas não todos, com OI que têm problemas nas articulações.
Dor crônica. Os adultos podem sentir dor de fraturas antigas ou fraturas por compressão da coluna relacionadas a OI ou osteoporose. Articulações instáveis podem aumentar as alterações degenerativas, que são a fonte de dor em muitos indivíduos. O manejo da dor pode incluir ajustes no estilo de vida para proteger a coluna vertebral, medicamentos e tratamentos alternativos, como a acupuntura. Os adultos devem ter cuidado ao aumentar a força da medicação para a dor a ponto de reprimir a respiração ou reduzir a consciência. Consciência reduzida pode aumentar o risco de quedas e fraturas.
Função pulmonar. Problemas respiratórios são a principal preocupação de muitos adultos com OI, particularmente aqueles com OI Tipo III e Tipo IV e aqueles com escoliose significativa (curvatura da coluna vertebral). Diminuição do volume torácico, bronquite crônica e asma podem levar a distúrbio pulmonar restritivo (redução da capacidade pulmonar).
Fraturas de costela e fraqueza muscular também podem contribuir para o problema. A apneia do sono, um problema relacionado para alguns adultos com OI, pode ser determinada com um teste do sono durante a noite. Durante o teste do sono, os gases sangüíneos também podem ser medidos para orientar o tratamento futuro.
O exercício para promover a respiração profunda, o teste regular da função pulmonar e o uso de oxigênio suplementar podem ajudar a controlar a função pulmonar. Um aparelho de pressão positiva em duas vias das vias aéreas (BiPAP) pode ajudar na apnéia do sono ou na insuficiência pulmonar relacionada.
Os médicos recomendam o tratamento agressivo de todas as infecções do trato respiratório superior em adultos com OI. A bronquite crônica e a asma podem contribuir para o comprometimento da função pulmonar e devem ser tratadas com broncodilatadores, corticosteroides inalatórios e antibióticos quando apropriado.

Função cardíaca. Um pequeno número de adultos com OI parecem ter problemas de válvula cardíaca. O mais comum é chamado prolapso da válvula mitral. Dilatação da aorta também pode ocorrer, mas não é comum. A pressão arterial elevada é tão comum entre os adultos com OI como no resto da população. Colesterol elevado e distúrbios lipídicos relacionados que podem ocorrer em famílias também podem contribuir para problemas cardíacos.
A gestão médica destes distúrbios inclui dieta adequada, terapias farmacológicas e monitorização regular pelo seu médico de cuidados primários. Juntamente com a dieta, drogas como as estatinas podem ser úteis no controle de problemas lipídicos. A cirurgia coronariana tem sido realizada com sucesso em pessoas com OI, embora precauções sejam necessárias devido à fragilidade dos tecidos.
Audição. Aproximadamente 50 por cento de todos os adultos com OI experimentará algum grau de perda de audição durante sua vida. Os exames auditivos e os exames de RM dos canais auditivos podem ajudar seu médico a entender o envolvimento dos ossos no ouvido. O tratamento para perda auditiva geralmente começa com aparelhos auditivos. Alguns adultos são candidatos à estapedectomia ou cirurgia de implante coclear.

Visão. O problema do tecido conjuntivo em OI pode estender-se aos olhos. Exames de visão são recomendados a cada 2 a 3 anos. OI pode afetar a forma da lente ea força da esclera (os brancos dos olhos). Por esta razão, adultos com OI devem consultar um oftalmologista antes de usar lentes de contato. Além disso, laser cirurgia lente não é recomendado para pessoas com OI.

Função gástrica. Problemas gástricos não são incomuns em OI. Estes incluem refluxo ácido gástrico, que é agravada por uma diminuição do comprimento da cavidade torácica, e constipação crônica. Pequena estatura e uso frequente de vários medicamentos para a dor podem contribuir para o problema.

Pedras nos rins. Parece haver um risco de cálculos renais em cerca de 20 por cento das pessoas que têm OI. Estes podem ser causados ​​pelo aumento da ingestão de cálcio que resulta de alterações nos medicamentos ou dieta. Para ver se os níveis de cálcio são muito altos, o médico pode recomendar que uma mudança em medicamentos ou dieta seja seguida por uma avaliação de excreção de cálcio na urina de 24 horas.

Impressão basilar (BI). Também conhecido como invaginação basilar, BI é um problema especial para adultos com tipos III e IV OI. Envolve a pressão da coluna vertebral na base do crânio. Os sintomas de BI podem incluir dor de cabeça, fraqueza muscular e formigamento ou dormência de mãos e pés. A avaliação por um neurologista, incluindo um exame de ressonância magnética da coluna cervical e base do crânio, é necessária. Nem todos os indivíduos com BI têm sintomas que se agravam progressivamente.

Preocupações de saúde em comum com outros adultos



Peso. Manter um peso saudável deve ser uma prioridade. Ser excesso de peso não só aumenta o risco de muitos problemas de saúde, como diabetes e doenças cardiovasculares, mas também coloca estresse adicional sobre o esqueleto, que é particularmente prejudicial para as pessoas com OI. As recomendações dietéticas para pessoas com OI devem ser individualizadas. Consulta com um nutricionista pode ser útil para projetar uma dieta equilibrada e endereço colesterol e problemas de pressão arterial. Modificações na dieta também podem ser necessárias para ajudar as pessoas com constipação crônica ou refluxo gástrico. Em geral, um bom multivitamínico diário será suficiente para adultos com OI, e exóticos suplementos vitamínicos não são necessários.

Dieta. Adultos de pequena estatura podem requerer menos suplementação de cálcio e vitamina D do que normalmente prescritos. A ingestão total de cálcio de 800 a 1.000 mg (miligramas) por dia é geralmente suficiente. A ingestão suplementar de vitamina D não deve exceder 800 UI (Unidades Internacionais) por dia.

Atividade física. A atividade física para manter ou restaurar a função é uma meta de boa gestão da saúde. Um programa de exercícios de baixo impacto que pode incorporar a natação, uma bicicleta estacionária ou uma máquina de esqui é altamente recomendado. É importante exercer com segurança dentro do alcance de suas habilidades. As pessoas com OI podem precisar consultar um fisioterapeuta ou profissional de reabilitação para desenvolver um programa individualizado e apropriado.

Fadiga e fraqueza. Pessoas com OI frequentemente relatam fadiga e fraqueza. Embora a fraqueza muscular pode estar envolvida, o médico de cuidados primários deve realizar uma avaliação médica.
Problemas como apneia do sono, anemia ou função pulmonar prejudicada podem contribuir para a sensação de fadiga. Além disso, um ginecologista deve avaliar as mulheres pós-menopausa experimentando fadiga e fraqueza. Em alguns casos, a terapia hormonal pode ser apropriada, apesar das preocupações sobre os efeitos colaterais negativos, devido aos efeitos positivos desta medicação sobre a força óssea.



Uso de álcool. Não há estatísticas sobre OI e abuso de álcool. No entanto, médicos de cuidados primários que estão familiarizados com OI instar moderação em seus pacientes que optam por beber bebidas alcoólicas. Indivíduos que tomam medicamentos devem perguntar ao seu médico ou farmacêutico se as bebidas alcoólicas são permitidas. A falta de coordenação resultante de excesso de álcool ou mistura inadequada de álcool e medicamentos pode levar a lesões graves para adultos com OI.

Estresse e saúde mental. Profissionais de saúde relatório que o estresse, bem como as pressões de lidar com problemas de saúde crônica pode colocar as pessoas em risco de problemas de saúde mental. Adultos com OI, como outros adultos, devem procurar ajuda se eles experimentam ansiedade ou depressão excessiva.

Exame físico anual. Após a idade de 40 anos, adultos com OI deve ter um exame físico completo a cada ano. A incidência de câncer e diabetes entre adultos com OI parece ser semelhante às taxas observadas na população em geral.

Dicas para ficar saudável como um adulto com OI



  1. Manter um peso saudável.
  2. Coma uma dieta equilibrada com níveis adequados de cálcio e vitamina D.
  3. Não fume.
  4. Se você beber álcool, fazê-lo apenas com moderação.
  5. Consulte um fisioterapeuta para projetar um programa de exercícios seguro para manter e desenvolver a força muscular e aptidão aeróbia. Considere um programa de exercícios em casa ou um que pode ser feito em um ginásio local. Andar a pé e nadar são atividades benéficas.
  6. Faça regularmente exames médicos recomendados para qualquer adulto, incluindo, para mulheres, exames ginecológicos e mamografias.
  7. Monitorar a função renal para prevenir o desenvolvimento de cálculos renais.
  8. Teste de densidade óssea a cada 1 a 2 anos.
  9. Procure tratamento para diminuir a densidade óssea, problemas endócrinos (hormônio) e sintomas de osteoartrite.
  10. Audição de teste a cada 2 a 3 anos.
  11. Testar a visão a cada 2 a 3 anos.
  12. Controle a pressão arterial e os níveis de colesterol através de dieta, exercício e medicação.
  13. Ter uma avaliação cardíaca basal, possivelmente incluindo um ecocardiograma.
  14. Teste a função pulmonar a cada 1 a 2 anos.
  15. Considere tomar parte em um estudo do sono se sintomas de apnéia do sono ocorrer.
  16. Agressivamente tratar todas as infecções respiratórias superiores, incluindo resfriados.
  17. Se um sintoma é persistente ou preocupante, pergunte ao médico se ele está sendo tratado da mesma maneira como faria para um paciente que não tem OI.
Fonte: https://www.niams.nih.gov/Health_Info/Bone/Osteogenesis_Imperfecta/adult_years.asp











Como viver com Ossos de "Cristal".

Written By Fatima Santos on quarta-feira, 23 de dezembro de 2015 | 07:46


OSSOS DE CRISTAL
Osteogenesis imperfecta


FONTE:  www.aboi.org.br


  Como viver com Ossos de "Cristal".



O que você deve saber sobre Osteogenesis Imperfecta

O que é a Osteogenesis Imperfecta?


É uma doença  genética provocada por um defeito num dos genes produtores de colágeno (um dos elementos formadores dos ossos),  o que resulta numa estrutura óssea muito  frágil, sujeita a fraturas, muitas vezes desde,  o período da gestação do portador. A cortical (camada externa do osso) dos portadores de OI é mais fina, e conseqüentemente, o osso é mais frágil. Dependendo do caso, a OI pode ser acompanhada de dentiogenesis imperfecta, que torna a camada externa dos dentes (dentina), tornando-a escura.

É uma doença rara, atinge 1 a cada 21.000 nascidos, Estima-se que no Brasil existam pelo menos 12.000 portadores de OI. Os estudos sobre OI, mas o conhecimento produzido não tem atingido igualmente as áreas distantes das centros urbanos e a maioria dos interessados, o que muitas vezes acaba complicando a situação dos portadores.


A  OI não causa deficiência intelectual!

Quais são as causas?

São desconhecidas, mas a maior parte das vezes é hereditária. Em famílias com precedentes, a possibilidade de gerar um filho com a doença, é de 50%. Os casos sem histórico familiar são minoria – de 2% a 5% do total – e ocorrem quando há alguma mutação genética (uma alteração inesperada na seqüência do gene).


Quando é possível fazer o diagnóstico?

Pode ser feito no pré-natal, por ultra-som, da 14° à 18° semana de gestação.
A maior conquista da ABOI - até agora - foi conseguir que o Ministério da Saúde Brasileiro subsidiasse o tratamento com pamidronato dissódico, único a apresentar resultados realmente positivos no que diz respeito ao aumento da densidade óssea em OI, diminuindo o número de fraturas, as dores, melhorando a mobilidade e, assim, a qualidade de vida de quem tem a doença. E em dezembro de 2001, foram criados Centros de Referência em Osteogenesis Imperfecta em 10 hospitais do país. Em 2005, o Ministério da Saúde assinou a portaria 126, criando mais um CROI, agora em Pernambuco. Em 2002, pela primeira vez na história da medicina brasileira, a OI foi tema de um Congresso Internacional, e de um Simpósio para leigos e especialistas, ocorrido dentro do “V CIOMM - Congresso Internacional de Osteoporose e Metabolismo Mineral”, no Estado do Espírito Santo. Também participamos, em 2005, do “I Encontro Nacional de Apoio a Portadores de Doenças Genéticas”, realizado em São Paulo , com o apoio da Associação Brasileira de Genética Clínica.
Em dezembro de 2009 e abril de 2013 a ABOI em  parceria com o Instituto Fernandes Figueira, realizou-se o I e o II Encontro Nacional dos Centros de Referencia na OI , onde participou todos os coordenadores nacionais tanto dos CROIs como os dos núcleos estaduais da ABOI.



A terapia por pamidronato, embora não cure a doença, é efetiva na diminuição da dor e da incidência de fraturas.

Qual é a alimentação recomendável?
Cálcio: leite e derivados lácteos (queijo, manteiga, iogurte, etc), peixes, salmão, amêndoas, brócolis, espinafre, legumes (cenoura, beterraba, mandioquinha). Fósforo: carne, peixes, amêndoas, nozes, brotos de soja, gemas de ovo, fígado,  coração. Magnésio: cereais integrais, gérmen de trigo, acelga, batatas, amêndoas, chocolate amargo, nozes e legumes. Zinco: cereais integrais, ostras, carnes vermelhas e rins. Vitamina C: laranja, acerola, maçã, pimentões, tomates, verduras de folha verde, kiwis. Vitamina D: azeite, leite, sardinhas, arenques, salmão, óleo de fígado de bacalhau.

Alimentos não recomendáveis: embutidos (salsichas, chouriços, salame, copa); café e chá mate preto; refrigerantes e álcool.  

O que é a ABOI - Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta?


É a única organização voluntária brasileira dedicada à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos com OI e à conscientização da sociedade sobre a inclusão. Foi fundada, dia 11 de dezembro de 1999 (CNPJ: 0446474/001-12). Hoje os portadores pais, familiares, amigos, e profissionais trocam experiências, e divulgam informações voluntariamente em reuniões regionais e nacionais, congressos nacionais e internacionais, e por meio de uma lista de discussão na internet. Existem hoje aproximadamente 400 portadores de OI associados e um Conselho Científico composto por 23 médicos com experiência em OI. Também disponibiliza muitas informações, além dos vários artigos traduzidos no site, foi elaborado o “Livrinho do Portador”, e um formulário de pesquisa sobre a OI, usado pelos médicos, ao cadastrarem o portador em um dos Centros de Referência em OI.
  
Quais são os sintomas?

·        Fragilidade óssea (fraturas e deformidades);
·        Baixa estatura;
·        Escoliose  (desvio na coluna vertebral);
·        Defeitos na formação dos dentes (dentinogenesis);
·        Escleras  (a parte branca dos olhos) azuladas;
·        Problemas de audição, causados pelos ossinhos do
      ouvido interno (martelo, bigorna e estribo);
·        Alteração na face  (formação triangular);
·        Deformidade torácica.


Quais são os graus da doença?

1-    Poucas fraturas na infância, ocorrendo a maior parte na fase adulta;
2-    Fraturas intra-uterinas ou no momento do parto, quase sempre letal;
3-    Fraturas freqüentes com deformidades, podendo ocorrer na barriga da mãe e até mesmo no parto, baixa estatura;
4-    Fraturas freqüentes com poucas deformidades.


Quais são as conseqüências?

·        Múltiplas e sucessivas as fraturas levam a deformações nos ossos longos (pernas, coxa, antebraço, e braço) com encurtamentos, desvios e limitações de movimentos;
·        Muito frágeis, os ossos curtos (bacia, coluna) cedem ao peso de órgãos e tecidos do corpo e ficam achatados, provocando baixa estatura;
·        Com o achatamento da coluna, a caixa torácica (espaço pulmonar) fica reduzida, causando problemas respiratórios e cardíacos.



Quais são os tratamentos?

Clínico: a resistência óssea pode ser melhorada com medicamentos como os bisfosfonatos (à base de fosfato), principalmente o pamidronato e o alendronato. Informações nos Centros de Referência em OI no site da ABOI – www.aboi.org.br.


Cirúrgico (rodding): uso de haste de metal no interior do osso para aumentar a resistência, diminuir a ocorrência de fraturas e corrigir deformidades. Nas áreas onde houve uma fratura ou o osso está curvo, ele é cortado e realinhado. Uma haste é introduzida através dos seus segmentos para torná-lo reto. Ela age como um eixo interno para fortalecer o osso fraturado, e diminuir muito a dor de uma  fratura. É uma cirurgia usualmente restrita a crianças com as formas moderada ou severa de O.I., ou para repetidas fraturas de um ou muitos ossos longos. Recomenda-se, normalmente, esperar até que a criança tenha pelo menos um ano de idade para realizá-la. Nem todo portador pode usar a haste, devido à fragilidade óssea.


Fisioterapia: é indispensável e deve ser contínua feita, em casa ou em centros de reabilitação, assim como a hidroterapia. Para quem pode fazer, natação também é uma das melhores formas de exercício.



Exercícios físicos: sempre que não estiver engessado, deve-se procurar exercitar a musculatura. O melhor, sempre que possível, é andar. Quando é impossível andar, deve-se fazer outros exercícios, como natação, hidroginástica, exercícios respiratórios etc., de acordo com cada caso específico e a critério médico.


Exercícios respiratórios: para diminuir as conseqüências da compressão medular (problemas de coluna) ou desvios como a escoliose, tanto adultos como crianças devem fazer exercícios respiratórios, em casa todos os dias, como: cantar, encher balões de ar, soprar línguas-de-sogra, empurrar uma bolinha de ping-pong dentro de uma bacia d'água soprando-a com um canudinho. Casos mais graves precisam de terapia respiratória específica. Se você sente muito cansaço sem razão aparente, pode ser o momento de começar a fazer exercícios respiratórios!



Para o portador de OI exercícios físicos e respiratórios devem se tornar um hábito diário, como tomar banho e escovar os dentes.


O que é importante saber sobre o medicamento Pamidronato Dissódico?
Segundo o Dr. Horácio Plotink, endocrinologista pediátrico, responsável pela Unidade de Metabolismo Ósseo do Munroe-Meyer Institute do University of  Nebraska Medical Center, pamidronato é uma medicação que pertence uma família farmacológica dos bisfosfonatos. Têm sido usados para o tratamento de osteoporose. A ampla ação dessa medicação para diminuir a taxa de reabsorção  dos ossos conduz ao aumento da densidade óssea.

O Protocolo de Montreal (avaliado durante 10 anos com excelentes resultados) aprovado pelo Ministério da Saúde estabelece uma série de três infusões de pamidronato por ano (uma a cada quatro meses). Cada infusão é feita durante três dias. No caso de crianças pequenas, o tratamento é repetido mais freqüentemente (conforme decisão médica), para potencializar os efeitos da droga neste período da vida em que mudanças ocorrem muito rapidamente.

A resposta ao tratamento tem sido encorajadora, primeiro porque a dor tem diminuído significantemente se não completamente desaparecido em todos os pacientes. Segundo, porque sua  mobilidade e, portanto, sua independência, tem sido aumentada; e terceiro porque, a incidência de fraturas tem sido significativamente reduzida, quando comparada com a incidência antes do tratamento. Finalmente, a densidade mineral dos ossos na espinha lombar tem aumentado, algumas vezes drasticamente, em todas as crianças.

O mais importante é que a taxa de crescimento nestas crianças não diminuiu, quando comparada com a taxa antes do tratamento. A melhora destes pacientes em termos de densidade e mobilidade é definida como muito importante. A terapia por pamidronato, embora não cure a doença, é efetiva na diminuição da dor e da incidência de fraturas e aumenta a mobilidade e a densidade óssea em elaborado o “Livrinho do Portador”, e um formulário de pesquisa sobre a OI, usado pelos médicos, ao cadastrarem o portador em um dos Centros de Referência em OI.  



Como viver com “ossos de cristal”

Written By Fatima Santos on segunda-feira, 5 de outubro de 2015 | 08:05


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Osteogenesis Imperfecta: como viver com “ossos de cristal”
ABOI – Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta

Organização e traduções:
Rita Amaral

Versão para eBook
eBooksBrasil.org

Fonte Digital
Documento da Tradutora

©2003 – ABOI – Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta


Sumário

Apresentação
   – Rita Amaral
O que se deve saber sobre Osteogenesis Imperfecta
   – Rita Amaral
O que é um osso?
   – Horacio Plotkin
Cirurgias
   – Horacio Plotkin
Fraturas em Crianças
   – Horacio Plotkin
Seu filho esconde a dor da fratura?
   – Sylvia VanKepen
Segurando sua criança
   – Horacio Plotkin
Posicionamento e freqüentes questões
   – Alfred Dupont
Trocando fraldas
   – Horacio Plotkin
Brincando
   – Horacio Plotkin
Vestindo as roupas
   – Horacio Plotkin
Nutrição do bebê
   – Horacio Plotkin
Crianças com O.I. na escola
   – Horacio Plotkin
Pamidronato para O.I.: Um panorama
   – Horacio Plotkin
Cuidados especiais em casa
   – Alejandra Iglesias
Os Autores
Médicos que conhecem O.I. no Brasil
Centros de Referência em Osteogenesis Imperfecta — CROI
Contatos com a ABOI
Estrutura Administrativa da ABOI 2003/2004






Osteogenesis Imperfecta: 
como viver


com
 “Ossos de Cristal”

ABOI – Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta.


Organização e traduções de Rita Amaral

Copyleft: Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta

Os textos aqui apresentados podem ser livremente copiados e divulgados desde que citada sua autoria.

São Paulo – Brasil – 2002




Apresentação

Rita Amaral



A Osteogenesis Imperfecta, chamada de O.I., é uma doença que tem como principal sintoma a fragilidade óssea. Os portadores de O.I. costumam ter dezenas ou centenas de fraturas, ossos que se curvam e duas características marcantes: a esclerótica (branco do olho) azulada e o rosto triangular. Alguns também têm dentes acinzentados e frágeis, podendo ainda, alguns portadores, apresentarem surdez motivada por problemas nos ossinhos do ouvido interno. Devido aos inúmeros problemas nos ossos, quem tem O.I. costuma ter estatura muito baixa e desvios de coluna. Até bem pouco tempo, os únicos tratamentos possíveis para a O.I. eram o engessamento dos membros fraturados e, eventualmente, se os ossos não fossem frágeis demais, cirurgias corretivas, colocando-se pinos de aço dentro deles a fim de corrigir as curvaturas e dar-lhes firmeza. Sendo uma doença rara (atinge um a cada 21.000 nascidos), pouco se tem estudado sobre ela e mesmo os médicos a conhecem pouco também, o que muitas vezes acaba complicando a situação dos portadores.




Buscando melhorar  o nível de informação sobre a O.I. entre portadores, médicos e paramédicos e lutar por melhores condições de tratamento e pesquisa, foi fundada, em dezembro de 1999, a Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta – ABOI, resultado da união de portadores, familiares e médicos especialistas interessados.





primeira ação da ABOI foi a solicitação, ao SUS, da doação gratuita do pamidronato dissódico a única (e cara) droga existente no mercado capaz de proporcionar a melhoria da qualidade dos ossos e da mobilidade dos portadores de O.I., especialmente quando aplicada em crianças. Este medicamento pode auxiliar na melhoria da qualidade de vida de muitos portadores. No entanto, o pamidronato não cura a O.I. e nem é indicado para todo e qualquer portador. Exames aprofundados (de sangue, urina, densidade óssea e outros) devem ser realizados antes de sua aplicação.


Graças ao esforço coletivo da ABOI e dos médicos, em 2001 o Ministério da Saúde criou, através da Portaria 2305 de 19 de dezembro, dez Centros de Referência em Osteogenesis Imperfecta – CROI –, que devem receber para tratamento com pamidronato pago pelo SUS, portadores de Osteogenesis Imperfecta de 0 a 21 anos. Veja no final do livro* onde estão sendo instalados estes CROIs.




O que se deve saber sobre Osteogenesis Imperfecta.

Rita Amaral

1 – Exercícios físicos são fundamentais para os portadores de O.I..
Sempre que não estiver engessado, o portador deve procurar exercitar a musculatura. O melhor exercício, sempre que possível, é andar.





Andar é uma função importante para o ser humano, não apenas pela liberdade de ir e vir, agir etc., mas também por outras razões. Veja algumas delas:
  • Andar fortalece os ossos, pois ao colocar peso sobre eles o corpo reconhece quanto colágeno, cálcio e outros minerais precisa para suportar tal peso e cria osso adequado para isso.
  • Andar é importante para a circulação sanguínea. O coração bombeia o sangue para o corpo e um sofisticado sistema de artérias e músculos, localizado nas pernas e considerado uma espécie de “segundo coração”, o “empurra” para cima, de volta ao coração. Andar fortalece este sistema circulatório, evitando problemas coronários, vasculares (de circulação do sangue) etc.
  • Andar favorece os movimentos do intestino e da bexiga, mantendo-os em bom funcionamento, melhorando o estado nutricional e urinário da pessoa.
  • Andar fortalece a coluna vertebral.
  • Quando é impossível andar, deve-se fazer outros exercícios, como natação, hidroginástica, exercícios respiratórios etc. Mesmo exercícios simples, como dobrar e esticar os braços e as pernas, são importantes. O médico e o portador devem decidir juntos que exercício é melhor de acordo com cada caso específico.
2 – Uma boa alimentação é essencial.
Uma boa alimentação é essencial para todas as pessoas e, evidentemente, também para os portadores de O.I.. Eles devem ter uma alimentação rica em cálcio, fósforo, magnésio e vitaminas. Especialmente os que recebem o tratamento com pamidronato, devem tomar um suplemento de cálcio, pois o pamidronato não é cálcio, e sim um “condutor”, que leva o cálcio do sangue para os ossos. É preciso ter um “extra” de cálcio quando se toma o pamidronato. Se você toma pamidronato ou alendronato e seu médico não lhe recomendou suplemento de cálcio, vitamina D e exercícios, converse com ele sobre isto.

Recomendações em nutrição

CÁLCIO – Contribui para o crescimento ósseo
Alimentos que contêm cálcio:
Leite e derivados lácteos (queijo, iogurte, requeijão, manteiga etc)
Peixe
Salmão
Amêndoas
Brócolis
Espinafre
Legumes

FÓSFORO – Diminui a eliminação de cálcio pela urina
Alimentos que contêm fósforo:
Carne
Fígado
Coração
Rim
Peixes
Amêndoas
Nozes
Brotos de soja
Gema de ovo

MAGNÉSIO – Favorece a formação de colágeno
Alimentos que contêm magnésio:
Cereais integrais (trigo, aveia, soja, arroz integral etc)
Gérmen de trigo
Acelga
Batatas
Amêndoas
Chocolate amargo
Nozes
Legumes

ZINCO – Favorece o crescimento das células ósseas
Alimentos que contêm zinco:
Cereais integrais (trigo, aveia, soja, arroz integral etc)
Ostras
Carnes vermelhas
Rins

VITAMINA C – Favorece a formação de colágeno
Alimentos que contêm vitamina C:
Laranjas
Limões
Maçãs
Kiwis
Acerolas
Pimentões
Tomates
Verduras de folha verde

VITAMINA D – Favorece a absorção do cálcio
Alimentos que contêm vitamina D:
Azeite
Leite
Sardinhas
Salmão
Óleo de fígado de bacalhau

Alimentos não recomendáveis
Embutidos (lingüiças, salsichas, chouriço, salame, copa etc)
Cafeína (Café e chá mate ou preto)
Refrigerantes (coca-cola, pepsi-cola etc)
Bebidas alcoólicas
3 – Problemas respiratórios são comuns em portadores de O.I.
Para diminuir as conseqüências da compressão medular (achatamento dos ossinhos da coluna vertebral) por falta de cálcio ou desvios como a escoliose, tanto adultos como crianças devem fazer exercícios respiratórios. Cantar, encher balões de ar, soprar línguas-de-sogra, empurrar uma bolinha de ping-pong dentro de uma bacia d’água soprando-a com um canudinho, são alguns dos exercícios que podem ser feitos. Casos mais graves precisam de terapia respiratória específica. Se você sente muito cansaço sem razão aparente, pode ser o momento de começar a fazer exercícios respiratórios. Para quem pode fazer, natação é uma das melhores formas de exercício, também neste caso. Mas não espere o cansaço aparecer: faça sempre exercícios respiratórios.
4 – Alguns portadores de O.I. podem sofrer perda da audição.
Devido a problemas nos ossinhos do ouvido médio, que podem ser frágeis ou malformados perdendo sua capacidade de transmitir bem os sons ao ouvido interno, alguns portadores perdem a audição, ou parte dela.

Algumas pessoas podem ter uma alteração da audição na idade adulta, que pode ser de grave a profunda, enquanto outras perdem a audição num nível leve ou moderado. Algumas pessoas com O.I nunca apresentam problemas auditivos. Outras sofrem uma perda da audição de tipo grave e progressivo, mas podem melhorar com uma cirurgia conhecida como estapedectomia. Nesta operação coloca-se uma prótese que permite a transmissão normal das ondas sonoras ao ouvido interno. Há também outras questões pré e pós-operatórias que devem ser avaliadas, discutidas ou esclarecidas para que uma pessoa com O.I seja submetida a esta cirurgia. Em geral os pacientes devem ir a centros de tratamento em que os otólogos (médicos especializados em problemas de audição) tenham uma boa experiência em cirurgias deste tipo, como os hospitais universitários. Recomenda-se que todo portador, especialmente crianças que apresentam problemas de fala, atrasos para falar ou otites recorrentes façam uma avaliação audiométrica. Mesmo que não haja sintomas, fazer uma audiometria anual é recomendável.
5 – Quem tem Osteogenesis Imperfecta pode ter também Dentinogenesis Imperfecta
A Dentinogenesis Imperfecta é uma fragilidade no esmalte dos dentes que afeta apenas alguns portadores de O.I.. Quando isso acontece, é conveniente procurar o dentista o mais cedo possível, a fim de evitarem-se problemas de mandíbula e de audição. O tratamento mais comum, até agora, é a colocação de coroas em todos os dentes.
6 – A dor crônica afeta alguns portadores
A dor associada às múltiplas fraturas, pode levar a um desnecessário sofrimento e, quando não tratadas, podem resultar em dor crônica, impedindo uma vida produtiva. A dor crônica é a dor que, além de durar um tempo maior que o esperado, interfere na vida normal da pessoa. Muitas vezes os problemas que lhe deram origem foram sanados, mas a dor continua. Essas dores podem estar associadas às múltiplas fraturas, problemas vertebrais, deformação das juntas, osteoartrites, contraturas, deformidade ou mau alinhamento dos membros e recorrentes dores na barriga.

O tratamento da dor em portadores de O.I., tanto adultos como crianças, exige avaliação adequada e um programa de tratamento visando as múltiplas formas de dor aguda e crônica. Com o aumento da média de vida das pessoas com O.I., a as dores relacionadas à velhice também aparecem mais fortemente. Nestes casos, uma abordagem interdisciplinar no tratamento da dor é a atitude mais recomendada.
Dicas
Entre os modos de enfrentar a dor estão o uso de calor e do frio, na forma de banhos ou bolsas de água quente, que podem aliviar dores crônicas ou músculos rijos. Bolsas de gelo ou frias também aliviam várias sensações dolorosas de nervos afetados, além do frio ajudar a prevenir inchaços e inflamações. Calor ou frio podem ser aplicados por 15 a 20 minutos de cada vez na área dolorida com uma toalha que pode ser colocada entre a pele e a fonte de frio ou calor para protegê-la. Toalhas quentes ou bolsas de água aquecidas no forno de microondas também providenciam uma rápida fonte de calor. Latas de cerveja ou de sucos, geladas, ou saquinhos de vegetais congelados no freezer também são bolsas de gelo instantâneas.
7 – Exercícios e fisioterapia são muito importantes
Realizados sob os cuidados de um profissional que conheça a natureza da O.I., exercícios e fisioterapia podem ser excelentes no fortalecimento dos músculos, ajudando a pessoa a ter um visão mais positiva da vida. Devido ao fato de que os exercícios físicos aumentam o nível de endorfinas (analgésicos naturais produzidos pelo cérebro) no corpo, as dores podem diminuir. Para crianças com O.I. é importante começar a fisioterapia tão cedo quanto possível. Fisioterapeutas podem ensinar posicionamentos apropriados, postura e exercícios que fortaleçam os músculos sem afetar os ossos. Os exercícios podem ser simples, como dobrar e desdobrar as pernas e os braços, por exemplo. Hidroterapia é uma das melhores técnicas de exercícios para suavemente aumentar a tonicidade muscular e reduzir a dor.




O que é um osso?

Dr.Horacio Plotkin



Nosso esqueleto serve com o estrutura para nosso corpo. Os ossos servem como vasilhame para proteger os órgãos vitais e para facilitar os movimentos. Eles são feitos de fibras de colágeno, minerais como cálcio e fósforo e células ósseas. O colágeno é uma proteína com uma complexa estrutura tridimensional, comparável a uma corda. Os minerais e o colágeno dão uma força tensorial ao osso [capacidade de resistir à fratura – nota da tradutora]. As células ósseas são responsáveis por sua dinâmica. A estrutura do osso é comparável a um galho de árvore, com o colágeno sendo a madeira rodeada por cristais minerais e as células ósseas comparáveis com as folhas.




Osso Normal

Células ósseas: síntese e reabsorção
Os ossos são continuamente renovados e modificados pelas células ósseas. Os osteoblastos são as células ósseas que constroem os ossos (fazem a síntese). Os osteoclastos destroem o osso já formado, para que ele seja renovado (fazem a reabsorção). A massa óssea está em constante equilíbrio entre formação e reabsorção. Durante o crescimento das crianças a atividade dos osteoblastos é mais alta que a atividade dos osteoclastos, resultando num ganho de massa óssea. Entretanto, em algumas pessoas, a atividade se inverte. Nestes casos existe uma perda de massa óssea. A imobilização do corpo causa uma desaceleração da atividade dos osteoblastos e uma aceleração da atividade dos osteoclastos. Ossos crescem de três modos:
  • na altura: durante a infância, por formação de osso novo e aumento das placas que estão localizadas nas extremidades dos ossos.
  • em densidade: pela deposição de finas camadas de osso em suas superfícies externas, assim como acontece no desenvolvimento dos troncos das árvores.
  • por remodelação: os ossos constantemente se remodelam, configurando-se para corresponder às diferentes tarefas impostas a eles
Cada vez que uma pessoa se move o esforço é transmitido aos ossos pela gravidade e pelos músculos. A mineralização do osso tem um importante papel no desenvolvimento normal do esqueleto de uma criança.









Osso com Osteogenesis Imperfecta.



Quando uma pessoa tem um de seus membros imobilizados devido a uma fratura, existe perda de massa óssea




Cirurgias

Dr. Horacio Plotkin


Muitas crianças com O.I. são capazes de andar, mas não podem fazer nenhum progresso nisso por causa das repetidas fraturas.

A proposta da cirurgia de rodding é controlar o número de fraturas e corrigir deformidades.

Nas áreas onde houve uma fratura ou o osso está curvo, ele é cortado e realinhado. Uma haste de aço de tamanho apropriado é introduzida através dos seus segmentos para torná-lo reto.

A haste age como um eixo interno para fortalecer o osso fraturado e diminui muito a dor de uma fratura.

rodding pode também permitir que a pessoa seja mais ativa após a fratura e evita prolongados períodos de engessamento e inatividade.

Rodding é uma cirurgia usualmente restrita a crianças com as formas moderada ou severa de O.I., ou para repetidas fraturas de um ou muitos ossos longos. Recomenda-se, normalmente, esperar até que a criança tenha pelo menos um ano de idade para realizar o rodding, mas o procedimento cirúrgico tem sido realizado com crianças de até 3 meses.




Fraturas em Crianças

Dr. Horacio Plotkin


É difícil lidar com as inúmeras repetições de episódios de fraturas e com a visão de seu filho sofrendo a dor de um osso fraturado. Você deve ter em mente, contudo, que fraturas ocorrerão, não importa o quão cuidadoso/a você seja. Fraturas devem ser aceitas como parte da constituição física de sua criança.
Reconhecendo fraturas.
Os seguintes sinais podem indicar a presença de uma fratura em crianças:
  • Elas podem chorar de repente e muito alto.
  • Você pode ouvir um som do estalo do osso quando quebra ao manusear a criança.
  • Você pode notar inchaço, ferimento ou calor da pele em redor da área.
  • Elas podem auto-imobilizar uma fratura no braço.
  • Elas podem girar sua cabeça na direção do braço fraturado para diminuir a tensão dos músculos do lado do ombro.
Se você suspeita de uma fratura:
  • Tente ficar calmo/a e confortar a criança.
  • Tente localizar a fratura tocando delicadamente apenas na superfície de cada membro, começando com aquele onde você menos espera a fratura.
Quando ocorre uma fratura:
  • Administre o medicamento analgésico como prescrito por seu médico para aliviar a dor.
  • Imobilize o braço ou perna temporariamente, usando as instruções mencionadas abaixo.
  • Cuidadosamente transporte sua criança para o médico.
Dicas para imobilização de osso fraturado durante o transporte para o médico:
Para imobilizar o fêmur (osso da coxa) coloque uma proteção de toalha entre as duas pernas e embrulhe ambas as pernas, juntas, com uma bandagem elástica.

Outra opção é cortar uma peça oval de cartão, do tamanho da coxa, forrar com algo macio e colocar em volta dela como um gesso, enrolando o lugar com uma bandagem elástica.

Para imobilizar o úmero (osso de cima do braço), faça uma tipóia temporária prendendo com alfinetes de segurança a manga de uma camisa de manga longa no corpo da camisa acima e abaixo do pulso e do cotovelo.




Seu filho esconde a dor da fratura?

Sylvia VanKepen


Crianças com O.I. algumas vezes escondem sua dor. Algumas das possíveis razões para isto são:


Medo de ser inconvenientes para a família e os amigos “de novo”.

(“Algumas vezes minha família e amigos ficavam cansados de atravessar todo o processo de hospitalização, vendo-me atravessar toda a dor de novo”).

Medo dos pais ficarem bravos.

(“Alguns pais, não os meus, demonstram raiva pela inconveniência, para eles, de ter que hospitalizar seu filho”).

Algumas vezes as criança apenas se convencem de que os pais ficarão com raiva ou decepcionados.

Medo de não poder ir a algum lugar mais tarde porque terá que estar no hospital.

(“Se a família estava planejando sair no próximo feriado, ou eu estava planejando ficar com os amigos nos próximos dias, eu não queria admitir que isso podia não acontecer”).

Medo de outra hospitalização, outro gesso, outra cirurgia, outra série de raios X. Culpa, por dar “tanto trabalho”

(“Quando eu me machucava durante um período muito ocupado, isto é, Natal, sentia culpa porque minha mãe tinha que me ajudar com outro osso quebrado duranttempo mais ocupado do ano”).

Idéia de ser corajoso/a, forte, resistente.

(Uma vez que sempre me foi dito que eu era TÃO corajosa, eu acreditei que deveria ser sempre”).



Dedicação à escola/trabalho. Não deixar outra fratura obstruir esta meta
(“No último ano, machuquei meu pé a caminho do trabalho não querendo admitir perder um dia, agüentei a dor até voltar para casa e então faltei no dia seguinte”).



Racionalização ou esperança da possibilidade de não ser um osso quebrado (
        “Talvez apenas uma contração muscular”).



Segurando sua criança

Dr. Horacio Plotkin

O fato de que sua criança seja mais propensa a fraturas não deve desencorajar você de tocá-la e acariciá-la. Você deve sempre lembrar que seu filho precisa ser abraçado, tocado, e que conversem com ele. Estimulação freqüente é absolutamente necessária para o desenvolvimento emocional e social da criança. Não tenha medo de dar esse calor a seu filho.











































































Para segurar seu bebê sem perigo, você deve sempre planejar antes de erguê-lo. Sempre esteja seguro de que você sabe onde vai e que nada interrompa seu caminho. É importante que você se assegure de que os bracinhos do seu bebê, pernas, dedos dos pés e das mãozinhas não estão presos no cobertor nem em qualquer item da roupa, seja da sua ou da dele, pois um movimento brusco pode feri-lo.
Abrir seus dedos tanto quanto possível permitirá a você prover a maior superfície de contato possível entre sua mão e o corpo do bebê. Esta deve ser a posição de suas mãos quando você manusear sua criança. Quando você estiver pronta(o), levante seu bebê com uma mão atrás de sua cabeça e sua outra mão posicionada sob as nádegas. Assegure-se que as pernas dele/a estejam apoiadas no seu antebraço, para prevenir que balancem. Passo a passo você deve:






























































1. Planejar tudo.
2. Verificar se os braços e pernas estão livres de cobertores.
3. Se os dedos das mãos e pés estão livres de roupas.
4. Abrir seus dedos.
5. Levantar o bebê com uma mão por trás da cabeça e outra sob as nádegas.





Posicionamento e freqüentes questões

Dr. Alfred I. duPont

O encurvamento dos ossos longos é uma freqüente complicação da Osteogenesis Imperfecta.
Um dos ossos que curvam mais facilmente é o fêmur. Isto não se deve apenas à fragilidade dos ossos, mas também ao stress mecânico normal que acontece ao osso durante as atividades musculares normais e na atividade de sentar.
Algumas crianças com O.I. são de menor estatura que as demais crianças de sua idade. Algumas precisam de dispositivos (adaptações) para sentarem comodamente e corretamente. Muitos dispositivos de sentar para bebês e crianças pequenas são grandes demais para média das crianças com O.I. Estas crianças freqüentemente acabam sentando com os joelhos tortos e virados para fora (sentando “em anel”). Não é incomum vermos uma criança sentada com os pés cruzados nos quadris e sem peso distribuído para o pé. Apesar de ser uma postura confortável para assumir, enquanto uma criança senta, ou num passeio de carrinho, cruzar as pernas sempre assim pode não ser bom para os ossos das pernas.
A melhor posição para sentar é a que permite distribuir o peso na pélvis, com os joelhos em rotação neutra (nem para dentro, nem para fora). Os joelhos devem estar dobrados num ângulo de 90 graus e os pés apoiados para permitir a distribuição do peso das pernas. Se uma criança está apta a usar toda a parte inferior do corpo para se apoiar sentada, é mais fácil para ela trabalhar no controle da cabeça e do tronco.As imagens seguintes são um exemplo de como adaptar um carrinho de bebê para um ótimo alinhamento.

Mal posicionado na cadeira

A primeira imagem mostra uma criança sentada em seu carrinho. Note a posição de suas pernas. Ela senta de modo semelhante no chão e numa cadeira alta. Esta postura facilita o encurvamento dos fêmures.

Dispositivo de espuma densa para pôr sobre a cadeira ou carrinho

A segunda foto mostra como o carrinho é facilmente adaptado com um estofamento de espuma. A profundidade da adaptação é a distância das nádegas até o joelho da criança. A altura do dispositivo é a distância que vai de seu joelho até a sola de seu pé. A largura dele é a distância que vai do lado de fora de uma coxa até o lado de fora da outra coxa quando as pernas estão confortavelmente fechadas juntas. Pode-se usar um cortador elétrico para recortar o contorno de tamanho correto e desenvolver o apoio adequado das coxas nas laterais.

Sentado confortavelmente e com menos riscos de deformar as perninhas

A terceira foto mostra o resultado de sentar num apoio estofado recortado, no carrinho. Note como as pernas são bem colocadas e como a criança parece confortável.
Crianças com O.I. podem desenvolver achatamento da cabeça ou contraturas (endurecimento das juntas) de diferentes partes do corpo. Portanto, é crucial posicionar seu bebê de modo a evitar estes problemas e também fraturas.Use um colchão regular, com uma pele de ovelha ou semelhante por cima (e um lençol sobre ela); vire seu bebê de um lado e do outro e de bruços, se for tolerável por ele.Uma posição alternativa para “de bruços” é ter seu bebê apoiado em seu ombro enquanto você reclina as costas.
Lembre-se:
1. Repousar de bruços ajuda a fortalecer os músculos do pescoço e dos braços do seu bebê e a esticar suas perninhas.
2. Se seu bebê tem problemas respiratórios, caixa torácica anormal ou múltiplas contraturas nos braços não tente colocar seu bebê de bruços. Em vez disso, coloque sacos de areia ou toalhas para segurá-lo, nas costas ou de lado.
3. Para sentar no carro e em carrinhos, é melhor ter equipamento em uma posição reclinada, se possível.



Trocando fraldas

Dr. Horacio Plotkin

Para evitar fraturas, o manuseamento de seu bebê deve ser feito com muito cuidado.
Com o bebê de costas, abra uma fralda limpa e escorregue-a suavemente por debaixo da fralda suja, com as mãos espalmadas, para que a fralda não enrugue.
Abra a fralda suja e suavemente retire-a de baixo de seu bebê, deslizando-a, também, deixando a limpa por baixo.
Limpe seu bebê e então arraste por baixo dele outra fralda limpa.
Se seu bebê tem fraturas dolorosas você pode inserir lenços de limpeza dentro da fralda [do tipo que há no mercado para limpeza de maquiagem ou de bebês mesmo – nota da tradutora], apenas substituindo-os quando for realmente necessário.
As pernas do seu bebê devem ser manipuladas o mínimo possível. Se você precisa manusear suas perninhas, segurá-las com as mãos fechadas com firmeza (não com força) é melhor que levantá-las pelo calcanhar, prevenindo que puxões e movimentos bruscos causem fraturas.




Brincando

Dr. Horacio Plotkin

A socialização se dá primeiramente, através da brincadeira, daí a importância de deixar seu filho interagir com outras crianças e com brinquedos estimulantes.
Cercá-lo de brinquedos vai promover seu desenvolvimento psicomotor.
Brinquedos apropriados incluem os leves, fáceis de manusear, e aqueles feitos com materiais suaves e pontas arredondadas.

imagem

Exemplos deles são bonecas macias, bichinhos de brinquedo pequenos e “abraçáveis” e brinquedos táteis, tais como livros com diferentes texturas.
Esta não é evidentemente, uma lista exaustiva. Contudo, segurança é sempre importante como também é de primeira importância providenciar brinquedos apropriados para o desenvolvimento e progressão do desenvolvimento de crianças normais.
Para uma criança que pode andar, lembre-se de deixar o piso relativamente livre de objetos em que ela possa pisar e escorregar. Além disso, qualquer coisa (brinquedos grandes, estantes, móveis) que a criança possa vir a usar como apoio deve ser bem estável. Estantes, de preferência, devem estar presas na parede.




Vestindo as roupas

Dr. Horacio Plotkin

Crianças com O.I. são freqüentemente incomodadas por roupas de lã,portanto as leves e de algodão são recomendadas.Todas as aberturas para a cabeça, braços e pernas devem ser largas e as calças devem ser um tamanho ou dois maiores do que as aparentemente necessárias, para evitar constrição.
Botões, colchetes ou velcro nas aberturas dos agasalhos e das braguilhas podem ajudar a facilitar o vestir as roupas, evitando fraturas.
Se uma fratura muito dolorosa ocorrer durante o vestir é conveniente cortar a roupa de criança, para retirá-la sem piorar a fratura.
Moda
Crianças com O.I. tendem a não perder suas roupas tão rapidamente quanto as outras crianças. Muitos pais sentem, entretanto, que ajuda a melhorar a auto-estima da criança investir no estilo mais atual e dar-lhes roupas da moda.
Uma auto-imagem positiva para crianças com O.I. é suficientemente difícil sem ter que enfrentar também problemas de auto-imagem sobre si ou suas roupas.
Alguns procedimentos que podem ajudar:
1.Comece substituindo as roupas que sejam cansativas para seu filho vestir ou despir, substituindo por outras com reposicionamento de aberturas rápidas (velcro, colchetes etc.).
2. Posicione seu bebê confortavelmente e seguramente sobre suas roupas (ou perto delas) na hora de vestir, dependendo do que for apropriado para o estilo da peça a ser vestida.
3. Quando vestindo as mangas, sempre enfie sua mão dentro da manga e então, cuidadosamente, pegue o braço da criança. E com a outra mão, lentamente puxe a manga sobre o braço do bebê. A mesma técnica deve ser usada para vestir as calças.





Nutrição do bebê

Dr. Horacio Plotkin

Os mesmos cuidados que se deve ter ao segurar e posicionar a criança enquanto se está dando a ela os cuidados de higiene, devem ser tomados em qualquer outra atividade.Cuidados adicionais devem ser tomados para não pressionar os membros num ângulo anormal enquanto alimentando.
Colocar o bebê para arrotar deve ser feito de modo muito delicado, dando suaves tapinhas nas costas com algo macio nas mãos.
Leite materno é uma excelente fonte de nutrição para recém-nascidos, incluindo aqueles com O.I. Entretanto, algumas crianças com O.I. severa podem ter dificuldades respiratórias que interfiram com sua habilidade para sugar. Nestes casos, a amamentação na mãe pode não ter o mesmo ótimo sentido na nutrição da criança, [é possível, contudo, extrair o leite com uma bombinha apropriada e dá-lo ao bebê na mamadeira ou por qualquer outro meio – nota da tradutora]





Crianças com O.I. na escola

Dr. Horacio Plotkin

As crianças com O.I. não têm dificuldades intelectuais, portanto devem ir a escolas normais.
Muitas crianças com O.I. andam independentemente, com uma base larga (pernas bem separadas). Entretanto, elas freqüentemente têm fraturas, sofrem intervenções cirúrgicas etc., o que as força a usarem muletas, andadores e, algumas vezes, uma cadeira de rodas. A escola deve ser acessível a crianças deficientes, com rampas de acesso, banheiros acessíveis, mesa e cadeiras móveis, uma cadeira de rodas para casos de emergência e um plano de evacuação de emergência adaptado para crianças deficientes em caso de fogo.
Algumas crianças com O.I. carecem de estabilidade (equilíbrio) e precisam de uma melhor supervisão nos jardins da escola ou em superfícies molhadas.
Crianças com O.I. devem deixar a classe 5 minutos depois do fim da aula para evitar o tumulto.Em aulas de educação física elas não devem participar de nenhum esporte de impacto, para evitar ferimentos. Contudo, sua participação nessas aulas deve ser fortemente encorajada, respeitando-se, é claro, os limites de cada criança. O equipamento usado deve ser leve (como bolas, por exemplo).
A criança deve parar quando estiver cansada e deve usar órteses [aparelhos tutores ortopédicos – nota da tradutora] todo o tempo.
Outros elementos facilitadores da integração na escola
·                    Carteiras ajustáveis;
·                    Cadeira de rodas com uma prancha;
·                    Tatame ou outro piso macio para períodos de descanso;
·                    Banheiros adaptados;
·                    Alcançadores [aparelhos extensores, pequenos bancos etc – nota da tradutora]





Pamidronato para O.I.: um panorama

Dr. Horacio Plotkin

Pamidronato é uma medicação que pertence a uma família farmacológica chamada bisfosfonatos.
Os bisfosfonatos têm sido usados para o tratamento de osteoporose pós-menopausal e da moléstia de ossos de Paget. A ampla ação dessa medicação para diminuir a taxa de reabsorção dos ossos conduz ao aumento da densidade óssea.
Nosso protocolo [o protocolo de Montreal – nota da tradutora] estabelece uma série de três infusões de pamidronato por ano (isto é, uma a cada quatro meses). Cada infusão é feita durante três dias. No caso de crianças pequenas, o tratamento é repetido mais freqüentemente (isto é, a cada seis semanas), para potencializar os efeitos da droga num período da vida em que mudanças ocorrem muito rapidamente.
A resposta ao tratamento tem sido realmente encorajadora.
Primeiro, a dor tem diminuído significantemente, se não completamente desaparecido, em todos os pacientes.
Segundo, sua mobilidade e portanto, sua independência, têm sido aumentadas.
Terceiro, a incidência de fraturas tem sido significativamente reduzida, quando comparada com a incidência antes do tratamento.
Finalmente, a densidade mineral dos ossos na espinha lombar tem aumentado, algumas vezes dramaticamente, em todas as crianças.
O mais importante é que a taxa de crescimento nestas crianças não diminuiu, quando comparada com a taxa antes do tratamento. A melhora destes pacientes em termos de densidade e mobilidade é definida como muito importante.
A terapia por pamidronato, embora não cure a doença, é efetiva na diminuição da dor e da incidência de fraturas e aumenta a mobilidade e densidade óssea em crianças com Osteogenesis Imperfecta severa, claramente levando a uma melhor qualidade de vida.





Cuidados especiais em casa

Alejandra Iglesias

Estas são algumas medidas de segurança que através destes anos nos ajudaram com nosso filho, Ignacio.
Não significa que sirvam em todos os casos. Apenas esperamos dar algumas boas idéias que possam ser usadas, adaptando-as a outros casos de O.I..
Para evitar fraturas:
Usamos um colete salva-vidas inflado levemente e outro de espuma sintética. Deste modo evitamos varias fraturas de costelas por golpes ao gatinhar ou tentar dar os primeiros passos.
Usamos a grade da cama até os dois anos e meio, mas cortamos uma parte perto dos pés da cama, pela qual Ignacio podia descer dela de acordo com sua vontade, sem perigo de cair enquanto dormisse.
Colocamos uma cadeirinha de carro para bebês sobre um cadeirão muito estável e de pés largos, de modo que Ignacio pudesse comer na mesa com a familia na altura adequada, sem usar inestáveis almofadas e além disso com cinto de segurança.
Colocamos um corrimão como os de escada, feito com canos de luz de plástico, ao longo dos corredores e paredes descobertas a fim de que pudesse exercitar-se caminhando com apoio (em paredes lisas ninguém pode agarrar-se se for cair).
Colocamos antideslizantes fixos, ou seja: colamos com cimento de contato na banheira e fixamos os tapetes por meio de “colchetes de pressão” nos pisos, de modo que os cantos não se levantem nem possam ser enganchados pelos pés ao caminhar. Assim, também, podem ser retirados facilmente para limpar e lavar.
Colocamos protetores nos cantos dos móveis.
Deixamos Ignácio andar descalço quanto queira. Além de formar o pé, dificilmente um pé descalço resvala ou desliza, o que acontece com meias ou sapatilhas.
Tratamos passar as férias na praia. A areia é macia e escolhemos as praias onde não haja muita gente. Assim é mais fácil controlá-lo sem inibir os jogos e os demais.
Nunca molhamos os pisos quando Ignacio está em casa. Parece bobagem, mas duas de suas fraturas foram por causa do piso úmido.
Colocamos dois tarugos na borda de sua caixa de brinquedos, de modo que que se a tampa cai, nao possa fechar e fique um pouco aberta (apoiadas pelos taruguinhos) de maneira que seus dedos ou suas mãos não sejam golpeadas pela tampa, se fechar. Fizemos o mesmo com todas as outras “portas ou tampas” que ele usa.
Volto a sublinhar que esta não é uma receita mágica. Serviu a NÓS. Pensamos que em cada caso devem ser tomadas as providencias adequadas. Apenas quisemos transmitir uma experiencia que para nós foi favoravel”.




Os autores:


Dr. Horacio Plotkin, endocrinologista pediátrico argentino, é professor da Pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Nebraska e responsável pela Unidade de Metabolismo Ósseo do Munroe-Meyer Institute do University of Nebraska Medical Center situado em Omaha, Nebraska, nos Estados Unidos onde coordena uma equipe de pesquisa sobre Osteogênesis Imperfecta. Atua também no Children´s Hospital. Quem quiser conhecer a página em inglês do Dr. Plotkin, pode dar um pulinho no site dele e aproveitar para assinar seu livro de visitas:
http://www.geocities.com/dr_plotkin/
hplotkin@unmc.edu

Dr. Alfred Dupont 
Ortopedista do Alfred Dupont Institute

Rita Amaral
Antropóloga brasileira, portadora de Osteogenesis Imperfecta

Sylvia VanKepfen
Portadora holandesa de Osteogenesis Imperfecta

Alejandra Iglesias
Mãe argentina de portador de Osteogenesis Imperfecta





Médicos que conhecem O.I. no Brasil



Prof. Dr. Pedro Henrique S. Correa – SP – Endocrinologista
Hospital das Clínicas de São Paulo.
E-mail: correaph@hotmail.com

Profa. Dra. Maria Odete Ribeiro Leite – SP – Endocrinologista
Hospital das Clínicas de São Paulo.

Prof. Dr. Cláudio Santili – SP – Ortopedista Pediátrico
Santa Casa de São Paulo
Consultório: Av. Dr. Arnaldo, 1975 – Sumaré, São Paulo CEP: 01255-000
Telefone/Fax: (11) 3871-5592 e 263-3942/ 226-7790
Bip: 253-4545, código 18300
E-mail: santili@originet.com.br

Prof. Dr. Zan Mustacchi – SP – Pediatra e Geneticista Clínico
Hospital Infantil Darcy Vargas (Serviço Público) – Telefone: (011) 3721-2211
Telefone Celular: (11) 9976-1476 – Residência: (011) 3712-0669
E-mail: zancepec@ibpinetsp.com.br

Prof. Dr. William Belangero – Campinas – SP – Ortopedista Pediátrico
Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas, SP.
Telefone: (19) 3788-7715 ou 3788-7750
E-mail: belanger@sigmanet.com.br

Dr. Waldir W V. Cipolla
Grupo de Ortopedia Pediátrica do Hospital dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo
Consultório: Av. Moema, 265, conj. 123/124
Telefone: (11) 5051-1655.
E-mail: wwcipola@originet.com.br

Dr. Marcelo Camargo de Assis – Campinas – SP – ortopedista
Consultório: Rua Professor Camilo Vanzoline, 256. Campinas, SP
Telefone: (19) 3236-8160 e 3232-1644
E-mail: assismarcelo@hotmail.com

Profa. Dra. Marise Lazaretti Castro – SP – endocrinologista
Universidade Federal de São Paulo – SP
Ambulatório de Fragilidades Ósseas.
R. Borges Lagoa, 800 (Vila Clementino),São Paulo, Capital

Horário de funcionamento: terças-feiras, a partir das 13 hs.
Telefone (11) 5549-7255
E-mail: mlazaretti@endocrino.epm.br

Dr. João Barbosa Neto – RJ – Geneticista, pediatra e endocrinologista.
Praça do Flamengo, 66 B. Sala 309
Telefone: (21) 556-8334 e 285-6645
E-mail: braz2@uol.com.br

Dr. Romildo Mercon Amorim – RJ – Ortopedista
Largo do Machado, 54 sala 808 Catete – RJ CEP: 22 221 020
Telefone. (21) 285-6834
E-mail: romildomerson@ig.com.br

Dr. Jairo Andrade Lima – PE – Ortopedista
Hospital das Clínicas – UFPE
Av. Prof. Moraes Rego, S/N, Cidade Universitária, Recife – PE
CEP:50670-420
Telefone: (81) 3454-3633
E-mail: cira@elogica.com.br

Dr. Mario Mamede – CE – Ortopedista
Hospital Albert Sabin
Rua Tertuliano Sales,544 CEP:60410-790
Telefone: (85) 257-2067
Centro Traumato-Ortopédico
R.Rui Barbosa, 1539 Fortaleza – Ceará
Telefone: (85) 261-4999

Dra. Temis Félix – RS – Geneticista
Serviço de Genética Medica – Hospital de Clinicas de Porto Alegre.
Rua Ramiro Barcelos 2350 – CEP:90035-000 Porto Alegre – RS
Telefone (51) 316-8309 Fax: (51) 316-8010
E-mail:tfelix@hcpa.ufrgs.br

Dra. Lina Maria Vieira Bastos – CE – Geneticista e Pediatra
Hospital Geral de Fortaleza – Papicu – Fortaleza – CE
Telefone: (85) 488-2791 e (85) 279-8250 (res)
E-mail: libastos@secrel.com.br

Dr. Nilo Dourado – CE – Ortopedista
Hospital Albert Sabin – Fortaleza – Ceará
Rua Tertuliano Sales, 544 CEP: 60410-790
Telefone: (85) 257-2067 e (85) 261-4999

Dr. Renato Bastos Pereira – RJ – Ortopedista
Orto Center – Estrada dos Três Rios 623 – Jacarepaguá
Telefone: (21) 392-2251 / 392-6394 / 392-4253

Dr Sergio Ragi Eis– Ortopedista Pediátrico – Vitória – ES
Telefone: (27) 225-0202 / (27) 227 872
Telefone Celular:(27) 99812083
E-mail: seragi@terra.com.br

Prof. Dr Francisco Salles Nogueira – ortopedista – MG
Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, MG
Telefone (31) 3238-8245
Hospital Universitário São José
Telefone: (31) 3291-7788
Telefone Consultório: (31) 3225-5198
Telefone Celular: (31) 9977-5085
E-mail: Fcsnogueira@aol.com

Dr. João Lindolfo Borges – diagnóstico por imagem

Prof. Dr. Marcos Almeida Matos – ortopedista – BA
Santa Casa de Misericórdia da Bahia
Hospital Santa Izabel
Praça Conselheiro Almeida Couto, nº 500
Nazeré, Salvador – Bahia, CEP 40050-450
Telefone Consultório: (71) 247-9438
E-mail: almmatos@starmedia.com

Prof. Dr. Marco Antonio Borges Lopes – SP – Obstetra – Medicina Fetal
Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Telefone: (11) 3069-6209
E-mail: marco.lopes@fleury.com.br

Dr. Vitor Cassel – ortopedista – Santa Maria – RS
Clínica Cassel
Rua Floriano Peixoto, 1947. CEP 97015-373
SANTA MARIA – RS 
Telefone:(55) 222-8568 FAX:(55) 221-3773
E-mail: cassel.sma@zaz.com.br
E-mail:cassel@cassel.med.br
Site: http://www.cassel.med.br/





Centros de Referência em Osteogenesis Imperfecta – CROI


São Paulo
Hospital das Clínicas – USP
Santa Casa de Misericórdia
Hospital São Paulo – UNIFESP

Rio de Janeiro
Instituto Fernandes Figueira

Espírito Santo
Hospital Nossa Senhora da Glória de Vitória

Ceará
Hospital Albert Sabin

Rio Grande do Sul
Hospital das Clínicas de Porto Alegre

Paraná
Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba

Distrito Federal
Hospital Universitário de Brasília
Hospital de Base





ABOI – Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta


Entre em contato com:

Coordenadoria Nacional José Carlos dos Santos (presidente)
Rita Amaral (vice-presidente)
e-mail: aboi@aboi.org.br
Correspondência Convencional:
A/c Rita Amaral
R. das Fiandeiras, 479 ap. 34 – Vila Olímpia – São Paulo – SP
CEP: 04545-003 – Tel:(11) 3849-3541

Núcleo Norte e Nordeste
Coordenadora: Célia Regina Vieira Bastos
e-mail: crbastos@secrel.com.br
R. Emídio Lobo, 96 apto. 102 – Papicu – Fortaleza – CE
CEP 60176 190 – Tel: (85) 3265-1989 e (85) 3265-7172

Núcleo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo
Coordenadores: José Carlos G. dos Santos e Fátima B. dos Santos
e-mail: jgeraldo@ibge.gov.br
R. Major Azevedo, 48 – Irajá – Rio de Janeiro – RJ
CEP: 21230-060 – Tel: (21) 3371-29 41

Núcleo São Paulo – Sul
Coordenadores: Rita Amaral e Kátia Ogawa
e-mail: ritaamaral@pobox.com e katia@aguaforte.com
R. das Fiandeiras, 479 ap. 34 – Vila Olímpia – São Paulo – SP
CEP: 04545-003. Tel: (11) 3849-3541

Núcleo Centro-Oeste
Coordenadores: Glauce Paraguassu e Moacyr O. Filho
e-mail: glauce.t@ig.com.br
QE 17 conj G casa 13 Guara 2 CEP:7105-0072
(61) 382-7280 (casa) / 311-6500 (trab.) / cel:9908-0127





Estrutura Administrativa da ABOI 2003/2004


Diretoria Executiva
Presidente: José Carlos Geraldo dos Santos
Vice-Presidente: Rita Amaral
Diretora Financeira: Christane Amaral
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Diretora Secretária: KátiaOgawa

Conselho Deliberativo
Presidente: Fátima Benincazza dos Santos
Célia Bastos
Aparecida Barbosa
Romualdo dos Santos
Leandra Certeza
Marcos Vinícius Gonçalves

Conselho Fiscal
Simone Urbano
Glauce Paraguassu
Vera Lúcia Monteiro



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Março 2003










 
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