As Crianças de Ossos de Cristal na Escola
Relato do 1º encontro realizado no Instituto Fernandes
Figueira - IFF
Rio de Janeiro, 21 de
maio de 2009
O Encontro contou com a participação de diretoras de
escolas, professoras , pais , médicos e outros profissionais que lidam
com a OI. As apresentações foram divididas em quatro partes e os
principais registros foram os seguintes :
1- Dr. Juan Llerena
, médico geneticista do IFF ,
falou sobre o que é a OI , origem, características gerais da doença ,
diferentes tipos de OI, o tratamento ( avaliação da evolução ). Finalizando,
destacou a importância do núcleo da ABOI-RJ para a melhoria da qualidade de
vida dos portadores ;
2- Carmen Lia , fisioterapeuta do IFF, apresentou o
trabalho que vem sendo feito com as crianças no IFF, falou de suas
limitações e como superá-las. Enfatizou o potencial das crianças com OI e
destacou a importância de explorá-lo na escola. Sugeriu que no recreio ou
no horário da educação física sejam feitas atividades lúdicas para que as
crianças com OI não fiquem isoladas nas salas, nesses períodos. Destacou também
a importância da entrada e da saída da escola seja feita uns 10 minutos antes
ou depois das crianças.
3- Dr. Celso Rizzi , médico ortopedista do INTO,
falou sobre os cuidados com gesso durante a permanência das crianças na
escola , posição mais confortável , proteção do gesso para não ser
danificado , alertou para não introduzir objetos do tipo lápis , caneta e
outros para coçar o membro engessado; comentou sobre como deve proceder
em caso de suspeita de fraturas, finalizando mostrou alguns procedimentos
cirúrgicos para correção e proteção dos ossos .
4- José Carlos e
Fátima relataram suas experiências
com seus filhos, na escola e no trabalho de assistência
desenvolvida pelo núcleo da ABOI - RJ junto as crianças com OI , no
ambiente escolar.
Esclareceram que as primeiras
barreiras são o medo e o preconceito, que muitas das vezes são
transmitidos pelos próprios pais ao ambiente escolar ; comentaram que uma
primeira medida é saber que tudo tem risco , fraturas poderão acontecer em casa
ou na escola , mas isso não pode inibir o desenvolvimento da criança de
ter acesso ao conhecimento e ao convívio com outras crianças. A
experiência da superação e da autorrealização que a convivência
escolar proporciona gera confiança e vontade de viver e isso estimula as
crianças e seus país ; Portanto, em vez de mostrar medo,
deve-se esclarecer os profissionais de ensino e aos alunos
quais os cuidados que deverão ser tomados e ao mesmo tempo procurar
tranquilizar os professores que em caso de fraturas como deverão agir,
lembrando-os que estes não deverão se sentirem culpados, em eventuais acidentes
. O importante é tomar as medidas preventivas , tais como evitar locais muito
movimentados. Quando for necessário frequentar lugares movimentados,
utilizar cadeiras de rodas ou muletas.
Fátima Benincaza
Presidente ABOI 2008/2009
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